Não perca mais tempo com a história do “Cruelty-free”

 Se procura o símbolo “Cruelty-free” ou “não testado em animais” sempre que compra um produto cosmético, por favor, não perca mais o seu tempo.

Na Europa, o uso de animais para testar produtos cosméticos ou ingredientes cosméticos é proibido desde 2013.

 Nenhum produto cosmético, testado em animais ou cujos ingredientes tenham sido testados em animais, pode ser comercializado na União Europeia.

 Desde quando não se realizam testes em animais na União Europeia?

 A proibição do uso de animais teve início em 2004 para produto cosmético acabado.

Em 2009, deixou também de ser permitido testar ingredientes cosméticos em animais. No entanto, por esta altura ainda era permitido o uso de animais, em produto cosmético acabado, para alguns efeitos secundários considerados mais complexos para a saúde humana.

Durante estes anos, foram desenvolvidos uma série de métodos alternativos para testar a toxicidade e os efeitos secundários de um produto cosmético e dos seus ingredientes e desta forma deixar ser necessário o uso de animais.

Por fim, em 2013, com a indústria cosmética já adaptada, foi completamente banido o uso de animais para testar qualquer produto ou ingrediente, apenas com propósito cosmético.

 Então... podem as marcas usar este claim?

 Na verdade, o Regulamento Europeu 665/2013 deixa claro que não devem ser usados claims que possam indicar erradamente ao consumidor, um benefício que apenas advém do mero cumprimento da lei.

Em julho de 2019 foi ainda publicado outro documento técnico relativo ao uso de claims na cosmética, cujo objetivo foi o estabelecimento de um marco comum entre todas as marcas cosméticas que competem livremente no mercado.

O uso do claim “cruelty-free” ou “não testado em animais” quebra com o acordado já que pode enaltecer a reputação de uma marca que decida usar este claim e assim confundir os consumidores menos informados, que podem valorizar/escolher uma marca em detrimento de outra, quando a realidade é que absolutamente todos os produtos cosméticos comercializados na União Europeia não são testados em animais.

 E a segurança de um cosmético está realmente garantida?

 Claro, os produtos cosméticos assim como os seus ingredientes, continuam a ser testados através de test in vitro em células ou tecidos artificiais que imitam os tecidos humanos e também através de métodos informáticos que conseguem predizer a toxicidade dos ingredientes cosméticos, com base entre outras coisas, na sua estrutura química.

Além disso, estão continuamente a ser desenvolvidos novos métodos, para validar a entrada de novos ingredientes cosméticos na indústria.

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